sábado, 8 de setembro de 2012

Eu.

Faz tanto tempo que ouso usar as palavras para descrever esses pensamentos tão excêntricos que tenho tido. Pois bem, a arte em sua milhões de maneiras nos envolve e nos leva ao nosso ponto inicial, lá sei eu porque.. mas o meu ponto inicial é fazer amor com as palavras. É debruçar sobre elas toda minha felicidade ou angustia. Para melhor dizer eu inclino sobre elas muito mais a minha confusão ou minha tristeza. Claro! Quando estou feliz estou ocupada demais vivendo, eu sei.. Deveria registrar mais. Deveria. Mas meu impulso não me deixa. Sigo em frente, vivo e só me deparo pensando quando estou triste. Quando quero me entender.
No entanto não estou triste, estou eu. Sim! Eu! Da mesma forma que as milhões de personalidades não se repetem uma só vez por essa perfeição divina meus pensamentos também não. Tudo é tão o mesmo e tão distante! É tão semelhante e tão absurdamente diferente, é tão eu sabe? É tão antigo e moderno, tão preto e tão branco, é tão quente e tão frio, é tão amável e tão cruel. Eu não ousaria comparar com uma faca de dois gumes porque seria de total estupidez pois é ao mesmo lado, ao mesmo tempo, a mesma temperatura. É como se tudo que se passasse por aqui quisesse se dividir e se multiplicar. Mas não podem são um só. Tem a mesma intensidade e a mesma densidade. Ô! Essa densidade que não se compara a nada, essa intensidade que me perfura e me cura. Junto, reto, igual, contrário e obediente. Eu.. 













Lethícia Barros.

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