quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Uma palavra

Em um mundo de palavras, me senti na necessidade de escolha, uma escolha limitada e pressionada, apenas uma disse uma voz, em um segundo. Apenas uma palavra que você vai levar até sua morte. Em choque meus lábios se abriram para questionar, o tempo havia acabado, e eu não tinha escolhido nada. Abri meus olhos, e do meu conhecimento nada lembrava, eu chorava, era escuro. Senti dois braços quentes se envolverem em meu corpo que tremia pelo frio, água salgada caía em minha pele me fazendo gritar, mas era confortável, conforme aquela água se expandia em meu corpo mais confortável eu me sentia, os braços eram de carne, mas eles pareciam de ferro e eu naquele momento tive certeza que eles se tornariam de ferro para me proteger que eles estariam a frente de qualquer mal que pudesse me tocar ou apenas planejar. Me senti dentro da luz, sendo acolhida por um anjo, um anjo onde aqui estranhamente é chamado de mulher, ou melhor, de mãe. Que amor era aquele? Eu podia sentir invadir meu pequeno corpo, eu queria olhar para aquele rosto entender como irradiava aquele sentimento intenso, meus olhos se manteram fechados e então lembrei da voz que me disserá para escolher uma palavra e mentiu quando quando citou que era apenas 1 segundo, ela me deu tempo, cubriu meus olhos para que eu pudesse não ver, mas sentir a palavra a ser escolhida, a única palavra que vai ser certa até o resto da minha vida. Mãe.

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