
Ela estava atrasada pro colégio, desceu correndo do ónibus e ia correndo em direção do portão, mas na hora que chegou, o inspetor fechou, ela suspirou .. pediu, ele não abriu. Virou, sentou na calçada, com raiva. Assentiu e levantou, decidiu ir andando, ela tinha tempo. A raiva já havia passado pelas melodias de sonhos que se formavam em sua mente, a cada passo, ela imaginava sua vida, seu marido, sua história. Chegou ao uma praça rindo sozinha, observou um casal de senhores que passavam ali, ambos idosos, mas um apoiando o outro, ele amava ela, e mesmo entre as dificuldades para andar podia-se ouvir as risadas. Era aquilo que ela queria, pensou na provável história deles, uma boate, dança e um olhar apaixonado. Buscar ela no colégio, seguir aquela menina, levar ela pra tomar milshake o básico. Era simples, era perfeito. O casamento, as pessoas, e a vida. Filhos casados e agora restavam só os dois. Que ainda riam, se amavam, se envolviam, era o amor que eles tinham. Que eles queriam. E eu invejava.
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